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Colisão no Mar do Norte expõe falhas na segurança marítima e provoca alerta internacional

Acidente envolveu cargueiro português e petroleiro americano; capitão é investigado por negligência grave. Autoridades britânicas apuram causas com apoio internacional

Por Fernanda Cappellesso | Diário Tocantinense

LONDRES — Um grave acidente marítimo ocorrido no início de março no Mar do Norte reacendeu alertas sobre a segurança da navegação em uma das rotas mais movimentadas do mundo. A colisão entre dois navios — um porta-contêineres português e um petroleiro de bandeira americana — deixou ao menos um desaparecido e gerou uma operação internacional de resgate, contenção ambiental e investigação.

Segundo informações da Marine Accident Investigation Branch (MAIB), agência britânica responsável por apurações no setor, o cargueiro MV Solong, de bandeira portuguesa, colidiu com o petroleiro MV Stena Immaculate, que estava ancorado próximo à costa de East Yorkshire, no Reino Unido.

No momento da colisão, o Stena Immaculate transportava cerca de 220 mil barris de combustível de aviação, além de outros tipos de carga inflamável. Apesar do impacto e de focos de incêndio, as autoridades descartaram derramamento significativo de óleo, mas mantêm vigilância ambiental na região.

Dinâmica do acidente e possíveis causas

O cargueiro MV Solong, que estava em rota ativa, colidiu com o petroleiro parado em condições de baixa visibilidade, agravadas pela neblina. De acordo com os primeiros laudos da MAIB, o navio português operava sem vigia visual dedicada no convés, o que contraria normas básicas de segurança para a navegação em áreas congestionadas.

A hipótese principal é de falha humana combinada com baixa visibilidade e negligência operacional. O capitão do Solong, um cidadão russo de 59 anos, foi detido sob acusação de homicídio culposo por negligência grave, e responderá judicialmente no Reino Unido.

Dos tripulantes a bordo das duas embarcações, todos foram resgatados, com exceção de um marinheiro que permanece desaparecido. Uma pessoa precisou ser hospitalizada, sem risco de morte.

Repercussão e medidas emergenciais

A Marinha Real Britânica, em parceria com autoridades marítimas de Portugal e dos Estados Unidos, iniciou operações de contenção e monitoramento ambiental logo após o incidente. Rebocadores especializados atuaram no resfriamento da estrutura dos navios para evitar explosões.

O governo britânico ainda não confirmou se o caso resultará em novas medidas regulatórias, mas especialistas da International Maritime Organization (IMO) já discutem a necessidade de reforço nos protocolos de navegação em áreas de fundeio próximas à costa, especialmente em dias de visibilidade reduzida.

Especialistas veem falha sistêmica

Para o comandante naval e consultor de segurança marítima Carlos Enes, o caso evidencia lacunas operacionais ainda comuns:

— É inaceitável que um navio comercial opere sem vigia em áreas de tráfego intenso. Os sistemas automáticos são auxiliares, mas não substituem o olhar humano, sobretudo em condições adversas.

A ausência de uma equipe dedicada à vigilância, somada ao deslocamento do navio em baixa velocidade e falta de resposta antecipada do AIS (Sistema de Identificação Automática), aumentou o risco de colisão, segundo o relatório técnico preliminar.

Riscos ambientais e diplomáticos

Apesar do risco de derramamento, as autoridades britânicas afirmam que a resposta rápida impediu danos maiores. No entanto, o episódio provocou desconforto diplomático com Portugal, cuja bandeira é utilizada por muitos navios de frota terceirizada, e reforça o debate sobre responsabilidade jurídica e fiscalização de embarcações que operam sob múltiplas jurisdições.


A colisão no Mar do Norte evidencia a urgência de revisão de protocolos operacionais, reforço na fiscalização e investimento contínuo na capacitação de tripulações. O caso seguirá em investigação pela MAIB, com participação de órgãos internacionais.

Se desejar, posso preparar infográfico com a dinâmica da colisão, linha do tempo do resgate e análise das rotas envolvidas.

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