Comparativo mostra como os canadenses evoluíram em números, turnês e influência digital. Trechos de shows e duetos ajudam a ilustrar a trajetória.
Diário Tocantinense- Duas vozes do pop canadense. Dois fenômenos da internet. Mas quem cresceu mais na carreira: Justin Bieber ou Shawn Mendes? Um nasceu no YouTube e se tornou um dos artistas mais populares do mundo; o outro explodiu no Vine e conquistou as paradas com sua guitarra, voz rouca e letras confessionais. Agora, em 2025, com carreiras consolidadas e novas fases à vista, especialistas, fãs e números ajudam a responder essa pergunta.
O comparativo considera crescimento artístico, impacto nas plataformas digitais, turnês, vendas e relevância midiática. A reportagem intercala trechos do vídeo ao vivo em que os dois aparecem cantando juntos — um marco que uniu duas gerações da música pop.
Início nas redes: YouTube vs Vine
Justin Bieber surgiu em 2008, ainda adolescente, após ser descoberto no YouTube por Scooter Braun. Com o apoio de Usher, lançou “My World” e fez história com o hit “Baby”. Shawn Mendes despontou em 2013, no Vine, e logo chamou atenção por versões acústicas de hits pop. Em 2015, lançou seu primeiro álbum, Handwritten, que estreou no topo da Billboard.
Para Felipe Maia, professor de marketing musical da ESPM, “Justin foi pioneiro na viralização de artistas pela internet. Shawn chegou depois, mas soube construir uma imagem sólida e coerente”.
Álbum por álbum: Bieber tem mais hits globais, Shawn tem coesão
Justin Bieber soma oito álbuns de estúdio e mais de 100 milhões de singles vendidos mundialmente. Seu álbum Purpose (2015) colocou três músicas no Top 5 da Billboard simultaneamente — feito raro. Já Justice (2021) manteve o artista em alta com o hit “Peaches”.
Shawn Mendes, por sua vez, tem quatro álbuns que estrearam no topo da Billboard 200. A crítica destaca a consistência artística de Shawn, mas reconhece que Bieber teve mais hits globais.
Turnês e bilheterias: Bieber domina
De acordo com dados da Billboard Boxscore, Justin Bieber arrecadou mais de US$ 600 milhões com suas turnês, tendo excursionado pelos cinco continentes. A Purpose Tour (2016–17) sozinha somou mais de US$ 250 milhões.
Shawn Mendes também se destacou nas turnês: a Wonder: The World Tour, antes de ser interrompida, foi elogiada pela cenografia e conexão emocional com o público. No entanto, a média de arrecadação por show de Bieber ainda é superior.
Plataformas digitais: Bieber lidera no YouTube, Shawn no TikTok
No YouTube, Bieber ultraa 70 milhões de inscritos e 30 bilhões de visualizações. Já Shawn Mendes mantém um alcance estável, mas performa melhor no TikTok, onde suas canções costumam viralizar em vídeos de fãs.
No Spotify, Bieber foi o artista mais ouvido globalmente em 2021. Atualmente, Shawn tem cerca de 40 milhões de ouvintes mensais, enquanto Bieber se mantém acima dos 60 milhões.
Repercussão e maturidade artística
Ambos aram por fases turbulentas. Bieber enfrentou críticas, cancelamentos de turnês e problemas de saúde mental, mas ressurgiu com discursos sobre fé, vulnerabilidade e cura. Shawn também pausou sua carreira em 2022 para tratar da saúde mental, ganhando apoio da crítica e dos fãs pela sinceridade.
A jornalista musical americana Lisa Reynolds, em entrevista à Rolling Stone, avalia: “Hoje, Bieber representa um artista que sobreviveu ao colapso da fama precoce. Shawn ainda está construindo sua segunda fase, mas já mostra traços de longevidade.”
Fãs divididos
No X (antigo Twitter), as comparações entre os dois artistas geram discussões acaloradas. Fãs de Mendes destacam sua autenticidade e voz ao vivo. Fãs de Bieber exaltam o impacto global e a reinvenção constante.
“Shawn tem mais talento vocal, mas Justin tem a presença e a história”, diz a fã Letícia Silva, de São Paulo. “Acho que os dois brilham em áreas diferentes.”
Conclusão: dois caminhos, um legado em construção
A rivalidade entre Bieber e Mendes pode não ter um vencedor claro, mas escancara o quanto as redes moldaram a indústria musical. Um vídeo que circula nas redes, com os dois cantando juntos — Bieber no piano e Mendes na guitarra — mostra que, mais que concorrentes, eles pertencem a uma geração que redefiniu o pop.
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